Os genes introduzidos em plantas e animais através da engenharia genética podem ser
transferidos para outras espécies. Estudos mostraram que os genes de canola transgê-
nica poderiam se espalhar rapidamente entre seus parentes (fracos e fortes). Estes genes, que foram geneticamente modificados para terem resistência ao glifosato - um herbicida bastante utilizado - cruzaram com espécies mais fracas após duas gerações
Pesquisas na Alemanha mostraram que o gene de resistência ao glifosato pode ser
transferido para plantações comuns que estão até 200 metros distantes de cultivos
transgênicos
Organismos antes cultivados para serem usados na alimentação estão sendo modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Essas plantas modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação
Muitas espécies de peixes transgênicos estão sendo testadas por criadores de peixes. O
gene de hormônio de crescimento foi introduzido para promover níveis elevados de desenvolvimento. Alguns salmões cresceram até 5 vezes mais que seu semelhante normal
em apenas um ano.
.Em algumas partes da Noruega, peixes transgênicos escaparam
do criadouro e hoje são encontrados na proporção de 1 para cada 5 peixes nativos
A engenharia genética criou mosquitos e outras espécies de insetos para vários propósitos.
A comercialização destes organismos introduziria novas espécies no meio ambiente, o que pode ser desastroso já que estas criaturas se reproduzem rapidamente e viajam longas distâncias, podendo, assim, causar desequilíbrios nos ecossistemas.
Uma empresa chamada Biotechina International desenvolveu plantações experimentais
de soja em 1989 que incluíam uma camada de sementes contendo microorganismos
transgênicos, numa tentativa de aumentar a fixação de nitrogênio no solo. No fim da estação, as plantas e sementes foram incineradas e os campos foram arados para um novo cultivo ser plantado. O monitoramento subsequente mostrou que os microorganismos
transgênicos se espalharam por mais de quatro acres e estavam competindo com microorganismos já existentes no solo
Experimentos de laboratório em 1998 demostraram que a transferência genética poderia
ocorrer entre o açúcar de beterraba transgênico e uma bactéria do solo chamada Acenitobacter.
Em teoria, qualquer inseto, pássaro ou outro animal poderia pegar esta bacté-
Uma vez solto, este novo organismo produzido pela engenharia genética seria capaz de
interagir com outras formas de vida, reproduzir-se, transferir suas características para
outras espécies e sofrer mutações, entre outras conseqüências o meio ambiente. Uma
vez introduzidos no meio ambiente, dificilmente estes organismos transgênicos poderão
ser recolhidos novamente. Portanto, qualquer erro ou consequência indesejável pode
então ser repassados para gerações futuras.
Bibliografia
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March 1991.
Em: http://www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/impactos_ambientais.pdf
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