sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Poluição Genética


Os genes introduzidos em plantas e animais através da engenharia genética podem ser 
transferidos para outras espécies. Estudos mostraram que os genes de canola transgê-
nica poderiam se espalhar rapidamente entre seus parentes (fracos e fortes). Estes genes, que foram geneticamente modificados para terem resistência ao glifosato - um herbicida bastante utilizado - cruzaram com espécies mais fracas após duas gerações

Pesquisas na Alemanha mostraram que o gene de resistência ao glifosato pode ser 
transferido para plantações comuns que estão até 200 metros distantes de cultivos 
transgênicos

Organismos antes cultivados para serem usados na alimentação estão sendo modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Essas plantas modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada  com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente  na alimentação

Muitas espécies de peixes transgênicos estão sendo testadas por criadores de peixes. O 
gene de hormônio de crescimento foi introduzido para promover níveis elevados de desenvolvimento. Alguns salmões cresceram até 5 vezes mais que seu semelhante normal 
em apenas um ano.
.Em algumas partes da Noruega, peixes transgênicos escaparam 
do criadouro e hoje são encontrados na proporção de 1 para cada 5 peixes nativos

A engenharia genética criou mosquitos e outras espécies de insetos para vários propósitos. 
A comercialização destes organismos introduziria novas espécies no meio ambiente, o que pode ser desastroso já que estas criaturas se reproduzem rapidamente e viajam longas distâncias, podendo, assim, causar desequilíbrios nos ecossistemas. 
Uma empresa chamada Biotechina International desenvolveu plantações experimentais 
de soja em 1989 que incluíam uma camada de sementes contendo microorganismos 
transgênicos, numa tentativa de aumentar a fixação de nitrogênio no solo. No fim da estação, as plantas e sementes foram incineradas e os campos foram arados para um novo cultivo ser plantado. O monitoramento subsequente mostrou que os microorganismos 
transgênicos se espalharam por mais de quatro acres e estavam competindo com microorganismos já existentes no solo

Experimentos de laboratório em 1998 demostraram que a transferência genética poderia 
ocorrer entre o açúcar de beterraba transgênico e uma bactéria do solo chamada Acenitobacter.
Em teoria, qualquer inseto, pássaro ou outro animal poderia pegar esta bacté-
ria do solo e levar para outro local

Uma vez solto, este novo organismo produzido pela engenharia genética seria  capaz de 
interagir com outras formas de vida, reproduzir-se, transferir suas características para 
outras espécies e sofrer mutações, entre outras conseqüências o meio ambiente. Uma 
vez introduzidos no meio ambiente, dificilmente estes organismos transgênicos poderão 
ser recolhidos novamente. Portanto, qualquer erro ou consequência indesejável pode 
então ser repassados para gerações futuras.

Bibliografia 


Frello S. Hansen K.R.,  Jensen J. Joergensen  R. B. (1995): Inheritance of Rapeseed (Brassica Napus) Specific RAPD Markers and a Transgene in the Cross B. juncea x (B.juncea x B. napus). Theor. Appl. Genet. 91: 236-241. 

Gene Watch Repport, “Genetically Engineered Oilseed Rape: Agricultural Saviour or New Form of Pollution? Gene Watch Briefing Number 2, May 1998. 

Steinbrecher R. Ho M. (1996), Fatal Flaws in Food Safety Assessment: Critique of the joint FAO/WHO Biotechnology and Food Safety Report, 3.2. 

Mackenzie D. (1996) Altered Salmon grow by leaps and bounds, New Scientists, 6 January 1996. 

Mackenzie D. (1996)  Can we make supersamon safe? New Scientists, 27 January1996,  p. 14-15 

APHIS (1996) Field trial of a transgenic arthropod, Metaseilulus occidentalis (Acari: Phytoseiidae) Field Trial Report. 

US National Biotechnology Impacts Assessment Programme Newsletter (1991) The Case of Competitive Rhizobia, 
March 1991.

Em: http://www.greenpeace.org.br/transgenicos/pdf/impactos_ambientais.pdf

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